Matéria publicada do blog Roberto Almeida
Morreu na madrugada desta quarta-feira, em Recife, o radialista Rossini Moura, que fez história em Garanhuns escrevendo em jornais, participando de campanhas políticas e publicitárias e gerenciando emissoras como a Sete Colinas e a Rádio Jornal. O profissional de comunicação foi vítima de um efizema pulmonar e seu corpo não poderá ser transportado para a Suíça Pernambucana. O Sepultamento será hoje no cemitério de Santo Amaro, na capital pernambucana.
Comunicador de uma voz singular, irônico, corajoso, competente, Rossini foi se juntar ao seu grande amigo Humberto de Morais. Fará falta do lado de cá com suas crônicas inteligentes e bem escritas. Abaixo, transcrevemos um texto do radialista e publicitários Marcelo Jorge que recentemente, em seu blog, fez esta homenagem a Rossini:
Rossini Moura é uma dessas pessoas que a gente gostaria sempre de ter conhecido a mais tempo. Alguém pelo qual nutrimos apenas sentimentos bons. Por sua sagacidade ao microfone, por sua escrita firme e carregada de coragem, por sua narrativa firme do cotidiano nas crônicas de rádio denominadas de "Café da Manhã" , por sua locução impecável, cheia de nuances e interpretação precisa dos textos e acima de tudo por ser Rossini Moura um homem de posições firmes. Viveu a era do Rádio no qual não bastava apenas ter uma voz grave e aveludada , atributo que ele tem de sobra, mas quando um radialista era medido pelo conteúdo, pelo conhecimento e as suas palavras ecoavam nos poucos rádios da época, mas faziam história e eram o meio mais rápido e seguro de se saber das coisas. Rossini Moura é um Mestre da voz, um guia para as gerações que posteriormente fizeram do rádio mais que apenas um meio de comunicação, mas um hábito saudável de entretenimento, companhia, informação e cultura. Vejo com menos frequencia o radialista e jornalista Rossini Moura pelas ruas de Garanhuns, mas ouço sua voz em "reclames" das emissoras da cidade, inclusive um desses áudios finaliza a programação diária da Rádio Sete Colinas FM, quando a cada final de jornada dá o seu "boa noite" de forma poética, nos recomendando um repouso agradável. Rossini Moura, sou fã da sua história de vida e do seu trabalho. Como bem disse o multiartista Ronaldo César em uma de suas postagens: "Este radialista, menestrel das palavras e das observações absolutas é exemplo para todas as gerações posteriores."
Imagens: 1) O microfone ficou só, sem Rossini; 2) Um dos últimos textos do radialista e jornalista, na carta que escreveu e publicou no jornal O Monitor, endereçada a "Humberto de Morais no céu".
